Fotografia é história - Algo em comum


Na primeira foto, a mulher lava a calçada de sua casa, no centro da cidade de Senador Pompeu, interior do Ceará. Na segunda, padres franciscanos almoçam num restaurante na beira da estrada que liga Roma a Assis, na Itália.

Como foi – À primeira vista, não há nada em comum entre essas duas cenas. Mas há. Explico: em julho de 1997, passei doze dias em três estados do Nordeste fazendo reportagem sobre educação básica. Por onde andei encontrei essas cadeiras que aparecem na foto. Em frente às casas, nos bares, nas festas de família etc. Aliás, você também já deve tê-las percebido por onde tenha ido. Era tão maciça sua presença que me soou uma novidade que eu não podia deixar de registrar. Por ser um utensílio corriqueiro, imaginei ser um produto lançado somente no Brasil. Que nada. Duas semanas após, eu estava bem longe do Ceará. Na Úmbria, Leste da Itália, para outra matéria. Desci do automóvel para um lanche. Não é que lá estavam cadeiras do mesmíssimo modelo? Um grupo de padres sentava-se nelas para comemorar na cantina a visita a Assis, cidade onde nasceu São Francisco. Se naquela época eu pensava que a globalização abrangia somente o comportamento da sociedade, tive a certeza de que alcançava até mesmo os objetos mais simples.
Orlando Brito.

Penso eu - Comunico ao querido amigo Orlando Brito que a globalização sobre o assunto foi a tal ponto que em Várzea Alegre, coisa de 370 quilometros de Fortaleza, já no Cariri cearense, bem pra lá de Senador Pompeu e que tem como Padroeiro São Bernardo, tem uma indústria dessas cadeiras. E vende feito água.

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