Mobilidade>> Em Fortaleza, apenas 40 táxis são adaptados



Por Souto Filho
soutofilho@oestadoce.com.br

Fortaleza é uma cidade que sofre com os problemas de falta de acessibilidade aos deficientes físicos e idosos. A falta de rampas nas principais vias e a dificuldade de acesso a locais públicos, dificultando ainda mais a vida dos cadeirantes que, em muitos casos, sentem-se abandonados pelo poder público. Entretanto, o serviço de táxi está mudando o cenário de descaso e ampliando o direito de ir e vir daqueles que possuem alguma redução de mobilidade. Contudo, o número de veículos com elevadores ainda é pequeno, perto da quantidade de táxis que rodam na capital cearense.

Ao todo, 4.392 veículos circulam por Fortaleza oferecendo serviços de transporte particular. Destes, apenas 40 são munidos de elevadores para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. As permissões foram oferecidas em 2009, e os motoristas que optaram pelos carros acessíveis tiveram redução de cerca de 30% no Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O vice-presidente do Sindicato dos Taxistas e dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Passageiros de Fortaleza (Sinditáxi), Pedro Cabral, explicou que o preço dos veículos adaptados ainda assusta alguns taxistas. Segundo ele, o Fiat Doblo, o carro mais utilizado pelos profissionais, fica por volta de R$ 90 mil. Sem a adaptação, os mesmos automóveis poderiam ser adquiridos por cerca de R$ 50 mil.

“Mesmo com os descontos, os preços ainda são um pouco altos. Entretanto, mesmo com apenas 40 carros, a demanda está sendo atendida sem problema. Os veículos estão em pontos espalhados por toda a cidade e as pessoas não têm dificuldade de encontra-los quando necessitam do serviço especial”, salientou Cabral, ressaltando que a tarifa cobrada pelos veículos acessíveis é o mesmo dos táxis normais.

SATISFAÇÃO E APRENDIZADO
Robson Bento, proprietário de um táxi adaptado, disse que a aquisição do veículo foi uma das melhores escolhas que fez profissionalmente. De acordo com ele, após um ano trabalhando com o Doblo, a satisfação de prestar serviço para cadeirantes é “extremamente” satisfatória. Robson informou ainda que realiza cerca de sete corridas para pessoas com dificuldade de locomoção semanalmente.

“Aprendemos muito com os deficientes físicos. É muito importante divulgar que este trabalho é oferecido para que aqueles que possuem dificuldade de locomoção saibam que agora é possível fazer uma viagem de táxi com conforto e segurança. Espero que outros profissionais também tenham essa consciência e optem por escolher carros que possuem os elevadores”, pontuou Robson.

Penso eu - Uma coisa que o Souto não sabe é que, em São Paulo, são apenas cinco os táxis adaptados para o transporte de cadeirantes. Incrivel, né?

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