Bilhete do WIlson Ibiapina, de Brasilia

Macário, 
leio em seu blog você enaltecendo, hoje, o Dia da Aeromoça. Você manda suas homenagens a “essas mulheres maravilhosas que nos tiram o medo, nos fazem felizes e até nos apaixonam por suas qualidades profissionais, seus sorrisos simples, suas discretas presenças num avião”.
Muito bem, concordo até quando você diz que elas “dividem com homens os postos de uma profissão apaixonante, sonho de tantas meninas pelo mundo. Mas uma aeromoça é uma aeromoça e pronto”.
Acho que o jato desmoralizou a profissão delas, que tá teve mulheres lindas maravilhosas como a nossa conterrânea Florinda Bulcão. Elas agiam como verdadeiras terapeutas do ar, acalmando os passageiros de primeira viagem, aqueles que se tremiam de medo. Anjos da guardaqz em pleno céu. Hoje, mudou tudo. O jato aproximou as distâncias. Desmoralizou a profissão delas. A aeromoça virou uma espécie de garçonete do ar. Só tem tempo de servir um lanche mirrado. A viagem, que antes durava um dia, acaba em poucas horas. Agora as companhias estão cobrando pelo lanche, pelo assento, o humor dessas profissionais ficou amargo, dão a impressão que são treinadas para não deixar o passageiro beber, comer, fumar e não encher o saco. Aperte o cinto que já estamos chegando. Mas, assim mesmo, pelo perigo a que se expoem, feliz dia da aeromoça .

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