Gasolina aumenta 6,6% e diesel 5,4% a partir de hoje

Esses percentuais vão incidir sobre os preços de venda dos produtos às distribuidoras e não representam o exato aumento ao consumidor
A Petrobras anunciou, no fim da tarde de ontem, que os preços da gasolina e do óleo diesel serão reajustados a partir de hoje, nas refinarias. A elevação dos preços será de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel (média nacional), segundo comunicado da empresa.
“Esse reajuste foi definido, levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados, aos valores praticados no mercado internacional, em uma perspectiva de médio e longo prazo”, afirmou a companhia em nota.
Ainda de acordo com a estatal, os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais como as Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e PIS/Cofins, além do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um tributo estadual.
O último reajuste realizado pela estatal, no preço da gasolina, ocorreu em 25 de junho do ano passado, quando o tipo comum do produto subiu 7,83% nas refinarias. Naquela oportunidade, o óleo diesel foi reajustado em 3,94%, também sem a incidência dos tributos federais e estadual. Na ocasião, no entanto, o aumento não chegou ao bolso do consumidor final, uma vez que o governo - para manter a inflação sobre controle -, zerou a alíquota da Cide.
No caso do óleo diesel, no entanto, a Petrobras voltou a anunciar um novo aumento de 6%, que passou a vigorar no dia 16 de julho de 2012, nas refinarias da estatal em todo o País.
ESPERADO
Um novo reajuste no preço dos combustíveis já estav sendo esperado, pelo menos, desde outubro do ano passado, quando a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que um aumento no preço dos combustíveis, no Brasil, era algo que aconteceria com toda a certeza. “O aumento de combustíveis, certamente, virá.

Quando? Não tem data, é importante dizer”, afirmou ela. Graça ressaltou, naquela oportunidade, que o aumento não ocorreria no curto prazo. “Não há previsão para aumento de combustíveis. Se você olha o longo prazo, médio prazo, eu diria que sim. Mas quando você olha o curto prazo, não há previsão para aumento de combustível no País”, declarou a presidente da Petrobras, na época.
O Banco Central (BC) já havia informado, por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no último dia 24 deste mês, que esperava um reajuste de 5%, no preço da gasolina, neste ano.
Já o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antônio Henrique da Silveira, havia dito, em janeiro, que a defasagem no valor da gasolina no Brasil, em relação ao preço no mercado internacional, era de aproximadamente 7%, e que um reajuste no valor do combustível, neste patamar, “seria plausível”. Ontem, a Petrobras confirmou estas expectativas e promoveu a elevação dos preços da gasolina e do diesel.

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