Deu no jornal O ESTADO(CE)

População sofre, de novo, por falta d'água
THATIANY NASCIMENTO
thatynascimento@oestadoce.com.br

Quem se programou para a suspensão do abastecimento de água (que atingiu Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Eusébio), ontem, torcia para que o serviço voltasse na hora prevista. Já para quem não garantiu armazenamento, o dia foi de muito trabalho. Com baldes nas mãos, consumidores buscavam alternativas para amenizar a situação.
Na Av. Pompílio Gomes, no Jangurussu, em frente a um prédio da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), o alívio foi encontrado nos litros de água que jorravam (de forma descontrolada) de uma mangueira que saia da sede do órgão. Conforme a Companhia, a água era oriuda da tubulação que precisava ser esvaziada para garantir a obra. Há poucos metros do prédio da Cagece, onde crianças e adolescentes brincavam nas poças d’água graças à água “que sobrava no equipamento”, na Av. Castelo de Castro (Jangurussu), operários trabalhavam em uma das quatro tubulações que, ontem, estavam programadas às intervenções. Outros “injetamentos” deveriam ocorrer na Rua do Contorno (próximo ao Castelão) e na Av. Juscelino Kubitschek esquina com Av. Paulino Rocha, além dos serviços de manutenção na Estação de Tratamento de Água (ETA) Gavião, em Pacatuba.
AUSÊNCIA DE CAIXA DE D’GUA
Para o operador de máquinas, João Vieira, morador da região, a situação em frente à Cagece era considerada desperdício. “Tanto canto sem água e essa água jorrando aí, sem a menor organização”, lamentou. Em casa, João explicou que já tinha garantido o armazenamento, pois devido à antecedência do aviso de interrupção, foi possível preparar-se.

A ausência de caixa água, conforme João, é um dos grandes problemas ainda enfrentados por ele e por outros três parentes com quem divide a residência. “Penso que as pessoas de baixa renda poderiam ter garantido pelo menos uma ajuda de custo da Cagece para compra de caixas. A situação seria bem melhor, quando fosse preciso fazer essas obras”, sugeriu.
A situação é a mesma vivenciada pelo aposentado Evandro Ramos Alencar, morador do Joaquim Távora. A válvula de escape, dele e inúmeros outros moradores da área, é um chafariz, localizado na Praça São Lucas. “É o jeito carregar água. Porque não tenho caixa e o que armazenamos já foi gasto durante o dia”. Ele, que ressaltou não sofrer com a irregularidade do abastecimento, afirmou que o chafariz público é uma boa alternativa para quem que não dispõe de caixa d’água e defendeu que a edificação de outros equipamentos do tipo podem mininizar os problemas em algumas regiões. 
PREVISÃO DE RETORNO
O motorista Francisco Carlos, também morador do Joaquim Távora, conseguiu armazenar água, mas destacou que a torcica maior é para que o reinício do abastecimento fosse cumprido. Conforme divulgado pela Companhia, a manunteção deveria ocorrer de 0h até às 20h de ontem. A assesoria de comunicação, ontem, confirmou que a hora prevista seria cumprida.

A torcida é a mesma do advogado Rodrigo de Medeiros, morador do Meireles, que mesmo não tendo sentido o impacto da interrupção no prédio onde reside, contou que, ao buscar outros serviços, como sair para almoçar foi “surpreendido” pela ausência de água no restaurante do Passeio Público. No local, baldes auxiliavam quem desejava utilizar os banheiros do equipamento. Foi a solução encontrada, para a suspensão momentânea. 
 

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