O Veveu viajou e a terra tremeu em Sobral


Tremor de terra de 2.6 graus em Sobral
Dois tremores de terra foram registrados em Sobral, no norte do Ceará ontem (27). Os tremores foram registrados pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Segundo os especialistas, o primeiro foi registrado pela manhã, e o segundo, às 12h41 (horário local), de 2,6 graus de magnitude na escala Ritcher, que vai de 0 a 10. De acordo com o subinspetor Nogueira, coordenador da Defesa Civil de Sobral, os tremores foram sentidos especialmente no distrito de Jordão, em Sobral, onde casas tiveram as telhas quebradas, com poucos danos materiais. Ninguém ficou ferido.
Desde 2008, a atividade sísmica da região é monitorada pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).  O mais forte tremor registrado na região foi também em Sobral, em 2009, e chegou a 4,3 graus, na escla Ritcher. Esse tremor causou rachaduras em estruturas de concreto e derrubou móveis em residências e comércios. O tremor atingiu uma área de 200 quilômetros de raio e chegou a afetar cidades do litoral cearense, como Fortaleza.
De acordo com os especialistas do laboratório,  a direção do epicentro dos abalos desta quarta-feira é a mesma de tremores anteriores, ocorridos nos dias 17 e 24 de março. “A conclusão é que o tremor de hoje ocorreu na parte mais profunda da Falha do Riacho Fundo sendo que os eventos anteriores ocorreram na parte mais rasa”, diz Joaquim Ferreira, da UFRN.  Os tremores são comuns na região de Sobral e também em Natal, no Rio Grande do Norte e em parte de Pernambuco.
Os tremores ficam em torno de 2 e 3 graus na escala Richter, segundo o laboratório, e não são perigosos. Segundo Eduardo Menezes, técnico do Laboratório de Sismologia da UFRN, os tremores são comuns na região devido a fossas subterrâneas que estão constantemente em atividade sismológica. As fossas são ligadas ao encontro das placas tectônicas no Oceano Atlântico, que ligam a América do Sul ao continente africano. Os tremores também podem estar relacionados à atividade sismológica das placas tectônicas.
Escala Ritcher
Criada em 1935 pelo sismólogo americano Charles F. Richter, integrante do Instituto de Tecnologia da Califórnia, a escala Richter, foi desenvolvida para medir a magnitude dos terremotos, que consiste no ato de quantificar a energia liberada no foco do terremoto. É uma escala que se inicia no grau zero e é infinita (teoricamente), no entanto, nunca foi registrado um terremoto igual ou superior a 10 graus na escala Richter. Um dos fatores é que ela se baseia num princípio logarítmico, ou seja, um terremoto de magnitude 6, por exemplo, produz efeitos dez vezes maiores que um outro de 5, e assim sucessivamente.

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