Uma proposta inteligente. E limpa.


Vereador quer a instalação de crematório público em Fortaleza

A criação de um crematório público para atender ao Município de Fortaleza é proposta de um projeto de indicação do vereador José do Carmo (PSL) que encaminhou um ofício ao prefeito Roberto Cláudio (PSB), considerando a atual situação de superlotação dos cemitérios públicos da Capital como grave problema de saúde pública.
Ao utilizar a tribuna ontem, José do Carmo justificou sua proposta, argumentando que, embora seja considerada polêmica, e atinja certas tradições espirituais e religiosas, na verdade, a proposta trata de uma questão de proteção ao meio ambiente e saúde pública. “A falta de espaço nos cemitérios faz com que os cadáveres sejam amontoados e enterrados nas chamadas covas rasas”, salientou o parlamentar, ressaltando que, em breve, o Cemitério Público, localizado no Bom Jardim, não terá mais como receber novos cadáveres, em virtude da falta de espaço.
Segundo o parlamentar, em 2009, apresentou o projeto, inclusive já aprovado pela Câmara e encaminhado à Prefeitura. Entretanto, a medida não tem força de lei, pois a matéria requer iniciativa direta do chefe do Poder Executivo, cabendo, apenas, ao Legislativo aguardar o retorno de um projeto de lei, para que seja aprovado novamente pela Casa. Segundo ressaltou, os parlamentares não podem legislar sobre iniciativas que tragam custo ao Município.
Ele explicou, ainda, que, anteriormente, a lei 6.455/1989, instituía a prática de cremação de cadáveres nos cemitérios, dispôs sobre as instalações e o funcionamento de fornos crematórios e condições de cremação, mas a lei tornou-se sem efeito a partir da vigência da nova Lei Orgânica de Fortaleza, perdendo, portanto, sua eficácia.

Conforme José do Carmo, sua iniciativa é para que a cremação seja gratuita, inclusive para aquelas pessoas sem identificação, alertando assim para a contaminação de mananciais devido o uso de covas rasas, principalmente por falta de espaço nos cemitérios. (Laura Raquel, da Redação).

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