A
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, nesta
quarta-feira (3), por unanimidade, o relatório do deputado José
Guimarães (PT-CE) ao Projeto de Lei 2208/11, que cria a Universidade
Federal Regional do Cariri (UFCA), com sede na cidade de Juazeiro do
Norte (CE). A nova universidade vai ser integrada pelos campi já
existentes de Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato, que serão
desmembrados da Universidade Federal do Ceará (UFC). Além disso, serão
criados novos campi nos municípios de Icó e Brejo Santo.
“É
uma conquista histórica, com papel estratégico para o desenvolvimento
da região. Terá forte impacto na economia local, nos serviços e no
comércio. A universidade já nasce pujante, com investimentos previstos
em R$ 157 milhões até 2017, o maior já realizado em educação no Cariri.
Estamos todos de parabéns”, comemorou Guimarães, que também foi relator
da matéria na Comissão de Finanças e Tributação da Casa.
De
acordo com o projeto, deverão ser oferecidos inicialmente 27 cursos de
graduação. A meta do governo é atender a 6.490 estudantes de graduação e
pós-graduação. A proposta prevê a contratação de 197 professores, 212
funcionários de nível superior e 318 profissionais de nível
intermediário. O projeto também cria 482 cargos de direção e funções
gratificadas.
Impacto orçamentário
O
governo estima o impacto orçamentário decorrente da criação dos cargos
de direção e de funções gratificadas em R$ 9,95 milhões para 2013. Já no
que se refere aos cargos efetivos a serem criados, informa que o
impacto será de forma gradativa, a partir do provimento desses, e
estimado em R$ 13 milhões para 2013, R$ 19 milhões para 2014 e R$ 10
milhões para 2015.
“Com
a criação da nova universidade no Cariri, o governo Dilma dá
continuidade ao plano de expansão do ensino superior iniciado pelo
governo Lula, mantendo o compromisso de garantir mais cidadania e
desenvolvimento às cidades polo, no Ceará e no Brasil", disse Guimarães.
Desenvolvimento regional
A
microrregião do Cariri possui área de pouco mais de 4,1 mil km², com
população estimada de 534 mil habitantes. O governo quer ampliar na
região a rede de ensino superior e o investimento em ciência e
tecnologia, promovendo a inclusão social e atendendo à demanda de uma
região com economia e cultura peculiares.
“A
oferta de alternativas de ensino superior público e gratuito é condição
essencial para o desenvolvimento regional, estendendo o acesso a esse
nível de ensino também à população mais pobre, desde que associado às
políticas afirmativas de inclusão, estimulando o seu desenvolvimento”,
diz a exposição de motivos que acompanha o projeto.
Como tramita em regime de apreciação conclusiva, o projeto não precisa ser votado em plenário, seguindo direto para o Senado.
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