Quase 900 motoqueiros morreram de acidente em 2012 só no Ceará.
Roberto
Bulhões
Um relatório divulgado
pelo Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) revela que no ano
passado morreram em acidentes de trânsito em todo estado, nada menos que 887
motoqueiros. Desse total 557 motoqueiros perderam a vida em ruas, avenidas e
rodovias no interior e 124 na capital. A triste estatística que cresce de ano
para ano, mostra o despreparo daqueles que adquirem uma moto sem o menor zelo
pela vida. Como sempre, muitos trafegam sem capacete, sem habilitação,
embriagados e sem o menor conhecimento das leis de trânsito. Outros vão além e
colocam três ou mais pessoas numa moto que só tem capacidade para trafegar com
dois ocupantes.
A
diretora de planejamento
do Detran cearense assegura que, de um total de três motos vendidas no
Ceará,
duas são comercializada no interior. Dos 184 municípios que compõe o
estado,
menos da metade tem fiscalização de trânsito e, na maioria, os órgãos
fiscalizadores fazem “vista grosa” junto aos condutores de motos. Tem
cidade
que até o uso do capacete é proibido, para tentar diminuir a onde de
assaltos e
crimes de morte. A moto no Nordeste substituiu o jumento e o cavalo em e
se tornou também “instrumento” fácil para os crimes de pistolagem.
Os condutores e
passageiros de motos estão liderando ainda o triste índice de acidentes com
feridos graves. Os hospitais em todo estado estão com a maioria dos seus leitos
ocupados por pessoas que se acidentaram trafegando em motos. Muito estão nas
Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e outros ficaram aleijados para sempre,
em cadeiras de rodas. O Cariri lidera em número de mortes e acidentes no
interior do Ceará. Só no triângulo Crato, Juazeiro e Barbalha a quantidade de acidentes
envolvendo motocicletas é alarmante. Nos finais de semana os acidentes aumentam
devido a bebedeira desenfreada e na pouca fiscalização.
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