A mobilização acontece das 7h30min às
17 horas. O público-alvo são crianças de seis meses a dois anos; gestantes;
idosos; e portadores de doenças crônicas.
Neste sábado
(20), a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) abrirá suas portas para a
mobilização da Campanha de Vacinação contra a Gripe, das 7h30min às 17 horas. O
Centro de Saúde Matos Dourado (Rua Floriano Benevides, s/n - Edson Queiroz),
também é outro endereço da mobilização que a Sesa e a Secretaria da Saúde de
Fortaleza estão promovendo para atrair mais pessoas dos grupos prioritários
para se protegerem da doença. Nesta sexta-feira o Posto de Saúde inicia a
vacinação às 08h30min. Outros postos de vacinação, nos 184 municípios
cearenses, já estão protegendo o público-alvo da campanha desde a última
segunda-feira (15).
Até o dia 26
de abril, último dia da campanha, a meta no Ceará é imunizar 1.567.976 pessoas.
Entre elas, 192.914 crianças de seis meses a menores de 2 anos, 121.978
trabalhadores de saúde, 96.457 gestantes, 15.856 puérperas até 15 dias após o
parto, 21.915 indígenas, 924.727 idosos a partir dos 60 anos, 178.930 portadores
de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais,
como obesidade e transplantados, e ainda 15.200 presidiários.
Em todo o
Estado, estão trabalhando na campanha 27.180 pessoas, com o apoio de 2.010
veículos para garantir ampla cobertura de vacinação nos 1.900 postos fixos e
1.350 postos volantes. Para quem está
com dificuldade de ir até um posto, há equipes que fazem a vacinação em
domicílio. Durante a campanha são oferecidas as vacinas Trivalente, contra
Influenza B (Sazonal), Influenza A (H3N2) e Influenza A (H1N1); Pneumococo 23
valente, contra doenças invasivas causadas pelo pneumococo para pessoas
institucionalizadas e acamadas; Hepatite B, para intensificação na faixa etária
até 29 anos; e dupla adulto, contra difteria e tétano.
A influenza é
uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada
transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar
facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções
das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou
pelas mãos, que após contato com superfícies recém contaminadas por secreções
respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao
nariz. Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se
caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão
nasal, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, mialgia e cefaléia. A
maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a
necessidade de tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas,
idosos e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar à
formas clinicamente graves, pneumonia e morte.
Os casos
graves da doença evoluem para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
levando até mesmo ao óbito. Essas complicações são bem mais comuns entre
menores de 2 anos, idosos, gestantes e pessoas com história de patologias
crônicas, podendo elevar as taxas de morbimortalidade nestes grupos específicos.
O Comitê Consultivo em Práticas de Imunizações (ACIP), do Centro de Controle de
Doenças (CDC), assim como o Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI), do
Ministério da Saúde, e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de rotina contra a influenza para
todas as mulheres gestantes durante o inverno. Durante a epidemia da influenza
sazonal, pandemias anteriores e a pandemia pela influenza A (H1N1) 2009, a
gravidez colocou as mulheres saudáveis em risco aumentado, sendo as gestantes
consideradas de alto risco para a morbidade e a mortalidade, reforçando a
necessidade da vacinação. Estudos têm demonstrado que as puérperas apresentam
risco semelhante ou maior que as gestantes de ter complicações em decorrência
da influenza durante a gestação ou no período do puerpério. Neste sentido,
puérperas, no período até 45 dias após o parto, serão incluídas no grupo alvo
de vacinação.
GRUPOS PRIORITÁRIOS
- Crianças de seis meses a menores de dois anos: deverão
receber a vacina contra influenza. Todas as crianças que receberam uma ou duas
doses da vacina da influenza sazonal, devem receber apenas 1 dose em 2013.
Também deve ser considerado o esquema de duas doses para as crianças menores de
9 anos que serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se agendar a segunda dose
para 30 dias após a 1ª dose. Todas as crianças de 6 meses a menor de 9 anos que
receberam uma ou duas doses da vacina contra a influenza sazonal em 2012, devem
receber apenas 1 dose em 2013.
- Gestantes: deverão receber a vacina influenza todas as
gestantes em qualquer idade gestacional. Para o planejamento da ação, torna-se
oportuno a identificação, localização e o encaminhamento dessas, para a
vacinação nas áreas adstritas sob responsabilidade de cada serviço de saúde dos
municípios. Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da
situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher
afirme o seu estado de gravidez. A vacinação de gestantes contra a influenza é
segura em qualquer idade gestacional. A experiência pós-comercialização com a
vacina influenza sazonal inativada e com a vacina influenza pandêmica (H1N1)
2009 inativada, no Brasil e em outros países, não identificou qualquer risco
associado ao uso da vacina em gestantes.
- Puérperas: mulheres no período até 45 dias após o parto,
serão incluídas no grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar
qualquer documento, durante o período de vacinação (certidão de nascimento,
cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros).
- Trabalhador de Saúde: eleito para vacinação é aquele que
exerce atividades de promoção e assistência à saúde, atuando na recepção, no
atendimento, na investigação de casos de infecções respiratórias, nos serviços
públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade, cuja ausência
compromete o funcionamento desses. Como exemplo: o trabalhador que atua na
atenção básica /estratégia saúde da família e os agentes de endemias, pronto atendimento,
ambulatórios e leitos em clínica médica, pediatria, obstetrícia, pneumologia de
hospitais de emergência e de referência para a influenza e unidades de terapia
intensiva. Assim, trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em
unidades que fazem atendimento para a influenza, bem como recepcionistas,
pessoal de limpeza, seguranças, motoristas de ambulâncias, dessas unidades
equipes de laboratório responsáveis pelos diagnósticos, profissionais que atuam
na vigilância epidemiológica, e os que atuam no controle sanitário de viajantes
nos postos de entrada dos portos, aeroportos e fronteiras deverão ser
vacinados.
- Povos indígenas: a vacinação será indiscriminada para a
toda população indígena, a partir dos seis meses de idade. A programação de rotina
é articulada entre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Secretaria de
Atenção a Saúde Indígena (SESAI).
- Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber
a vacina Influenza.
- População privada de liberdade: o planejamento e operacionalização
da vacinação nos estabelecimentos penais deverão ser articulados com as
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Justiça.
- Pessoas portadoras de doenças crônicas: a vacinação
contra influenza tem contribuído na redução das complicações e da mortalidade
em indivíduos portadores de doenças crônicas e outras condições especiais
deverão ser incluídas na campanha de vacinação de 2013 (veja quadro). A
vacinação deste grupo passa a ser realizada em todos os postos de vacinação e
não apenas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). No
entanto, mantém-se a necessidade de prescrição médica, que deverá ser
apresentada no ato da vacinação.
Pacientes já
cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de
Saúde (SUS), devem se dirigir aos postos que estão cadastrados para receberem a
vacina. Caso no local de atendimento onde são atendidos regularmente não tenha
um posto de vacinação, devem buscar a prescrição médica na próxima consulta que
estiver agendada, visando garantir esse documento com antecedência, para evitar
filas no período da vacinação.
Pacientes que
são atendidos na rede privada ou conveniada, também devem buscar a prescrição
médica com antecedência, junto ao seu médico assistente, devendo apresentá-la
nos postos de vacinação durante a realização da campanha de 2013.
Ano
|
Faixa Etária
|
População a ser vacinada
|
População vacinada
|
Meta Mínima
|
Cobertura vacinal no Ceará
|
2008
|
> 60
anos
|
742.808
|
642.018
|
80%
|
86,43%
|
2009
|
> 60
anos
|
806.362
|
703.944
|
80%
|
87,30%
|
2010
|
grupos
prioritários (H1N1)
|
4.228.435
|
3.794.063
|
80%
|
89,72%
|
2011
|
grupos
prioritários (Trivalente)
|
1.268.207
|
1.046.426
|
80%
|
82,51%
|
2011
|
grupos
prioritários (Trivalente)
|
1.310.565
|
1.119.859
|
80%
|
85,45%
|
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