Em
plena véspera de um feriado prolongado, os fortalezenses foram
surpreendidos com uma elevação nos preços da gasolina comum, em grande
parte dos postos da Capital. Há poucos dias os preços variavam entre R$
2,51 e R$ 2,69, na maioria dos estabelecimentos do gênero, situados na
cidade.
Mas,
a partir da manhã de ontem, o preço médio ficou entre R$ 2,65 e 2,89
para a comum, chegando a até R$ 2,99 no caso das aditivadas. Até mesmo
aqueles situados às margens da BR-116, que muitas vezes apresentavam um
valor menor que os praticados pelos que ficam na área mais urbana,
mostravam uma elevação generalizada.
A
diferença do preço do litro do combustível, de um estabelecimento para o
outro, chegou a quase R$ 0,40 e, para aproveitar esta diferença,
bastava o motorista rodar apenas alguns quarteirões.
Num
dos postos visitados pela reportagem do Jornal O Estado - que
apresentava um dos maiores preços -, os funcionários disseram que esta
diferença de preços foi provocada porque, após o aumento da mistura de
etanol à gasolina, alguns estabelecimentos baixaram seus preços, mas
outros, não. E, agora, eles estariam voltando os valores ao patamar
anterior. Apesar dessa justificativa, alguns consumidores afirmaram que,
há tempos, vinham abastecendo seus automóveis com um preço bastante
inferior.
SURPREENDIDOS
Tal medida pegou de surpresa muitos motoristas que chegavam nos
revendedores de combustíveis para completar o tanque. Foi o caso do
comerciante Aderson Filho, que reside nas proximidades do Posto Cauípe,
localizado no cruzamento das avenidas Pontes Vieira e Visconde do Rio
Branco. “Sou cliente deste posto há tempos, pois moro aqui perto. Não
sabia desse aumento e confesso que fui pego de surpresa, pois nem tinha
percebido o preço mais alto. Agora, o jeito é procurar outro posto para
abastecer”, disse. E a queda no movimento começou a ser sentida pelos
funcionários. “O dono chegou hoje (ontem), de manhã, e falou para
aumentarmos o preço da gasolina, que era de R$ 2,59, para R$ 2,84.
Sentimos uma redução de 50% no total de abastecimentos, durante o dia”,
explicou o gerente, Victor Hugo.
De
acordo com o militar Sebastião Gomes, há alguns dias ele vinha
adquirindo o combustível na faixa de R$ 2,53, mas logo percebeu uma
elevação generalizada dos preços, e boa parte dos postos está vendendo
acima de R$ 2,80. “Parece que os donos de postos têm uma senha que
desencadeia a alta dos preços, sem o menor sentido. Aí a gente tem de
sair procurando um valor menor, só que, às vezes, acaba gastando mais
com isso”, asseverou.
Já
no Posto Bela Vista II, situado na Avenida Rui Barbosa, alguns
quarteirões antes da Pontes Vieira, o movimento era intenso, pois ali o
litro da gasolina comum estava sendo comercializado a R$ 2,51.
A
fisioterapeuta Danielle Oliveira foi alertada pelo irmão, sobre a
mudança de preços, e decidiu encher logo o tanque. “Moramos aqui perto e
eu nem sabia que em outros postos o litro estava mais caro. Foi meu
irmão que me avisou sobre isso e vou completar o tanque, pois de repente
pode subir aqui, também”, destacou. Os funcionários do estabelecimento
confirmaram uma elevação no movimento, durante todo o dia, mas não
souberam dizer até quando o valor do litro da gasolina comum permanecerá
neste patamar.
SINDIPOSTOS
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do
Estado do Ceará (Sindipostos-CE), o que aconteceu, ontem, foi a retirada
de descontos promocionais que estavam sendo concedidos pelos donos de
postos de combustíveis da Capital cearense, e não uma elevação de
preços. “Não houve nenhum aumento de preços, o que houve foi um corte de
desconto.
Há
algumas semanas as companhias concederam promoções devido à sobra de
combustível. Normalmente acontece isso e elas fazem esse preço
promocional. Quando acaba esse combustível extra, os preços voltam ao
normal. Por isso há essas variações. Hoje as companhias têm esse livre
acesso para fazer isso, a gasolina apenas sofreu um corte de desconto
nos valores promocionais”, ressaltou o assessor do Sindipostos, Antônio
José.
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