Os
serviços, já licitados, receberão investimento de R$ 568 milhões. A ampliação
inclui ponte de acesso, novo quebra-mar e cais com dois berços de atracação
O Terminal Portuário do Pecém, localizado no município de São Gonçalo
do Amarante, terá suas obras de ampliação liberadas pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por meio da Licença
de
Instalação para as obras de expansão do seu Terminal de Múltiplo Uso
(TMUT).As obras de expansão darão maior suporte às operações com carga geral,
especialmente com produtos de siderurgia. Os serviços, já licitados, receberão
um investimento da ordem de R$ 568 milhões. A Licença Prévia para a obra foi
expedida pelo Instituto em junho deste ano.
A nova ampliação deverá atender aos futuros empreendimentos previstos
para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a Companhia Siderúrgica
do Pecém - em implantação - , e as necessidades da Ferrovia Transnordestina,
com trecho até o Pecém. As obras realizadas no porto são considerados
fundamentais para o desenvolvimento do Estado. O consórcio Marquise/QG/Ivaí –
vencedor da licitação da obra em 2011- será o executor das obras num prazo de
30 meses a contar da data de assinatura da Ordem de Serviços pela Secretaria
da
Infraestrutura do Estado (Seinfra).
Nesta segunda etapa da expansão o terminal portuário receberá uma nova
ponte de acesso ao quebra-mar existente com 1.520 metros de extensão,
pavimentação de 1.065 metros sobre o quebra-mar; a ampliação do quebra- mar em
cerca de 90 metros; o alargamento em cerca de 33 metros da ponte; a construção
de 600 metros de cais com dois berços de atracação de navios cargueiros ou
porta-contêineres. Estes últimos equipamentos serão voltados para operação com
carga geral e produtos da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e da ferrovia
Transnordestina. Está prevista também a ampliação do pátio da retro-área
de aproximadamente 69.000 metros
quadrados.
Os dois berços de atracação serão voltados para a exportação de placas da siderúrgica, enquanto a Ferrovia
Transnordestina utilizará provisoriamente TMUT, cuja primeira etapa já foi
entregue, até ter o seu próprio terminal. O secretário da Infraestrutura do
Estado, Adail Fontenele, vê como fundamentais os investimentos no terminal
portuário para fomentar a captação de empreendimentos de grande porte para o
Estado, os quais resultarão em impactos positivos na economia estadual.
Primeira expansão
A primeira etapa de expansão do porto aconteceu em 2011, com a
construção do TMUT, composto por dois berços, para atender navios
porta-contêiner; ampliação do quebra-mar para mil metros; e o prolongamento da
ponte existente, de 348 metros. O investimento foi de R$ 410 milhões. Com isso
o Terminal ficou apto à receber a crescente demanda de movimentação de
contêineres e carga geral, reafirmando sua vocação como porto concentrador de
cargas e mantendo a sua consolidação de maior exportador de frutas e calçados
do país. A capacidade estimada de movimentação de contêineres foi ampliada de
250.000 TEUS/ano para 760.000 TEUS/ano. Um TEUS equivale um contêiner de 20 pés
de capacidade.
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