New York (EUA) 25 graus – O assunto do PSB é pra ser tratado em Casa.
A presidenta Dilma abriu sua agenda para uma conversa com jornalistas. Éramos poucos, não mais que vinte, incluindo fotógrafos e cinegrafistas. O combinado foi: A Presidenta faz um balanço da viagem e depois a gente pergunta. O Brasil não negocia a sua soberania. Foi o que disse a presidenta Dilma Rousseff , em Nova Iorque, em entrevista coletiva, sobre denúncia de violação das comunicações e de dados do governo brasileiro pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. Na terça-feira (24), durante discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, Dilma propôs estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet e de medidas que garantam uma efetiva proteção dos dados. “Nada do que foi dito era do desconhecimento das autoridades americanas, nada. Todo processo que desencadeou isso, do qual nós não temos a menor responsabilidade, ele implica necessariamente em uma atitude do país, porque não se transige, nenhum governo pode transigir nem com os direitos civis e a privacidade da população, nem tampouco pode negociar sua soberania”, disse a presidenta. Dilma afirmou que é possível elevar o patamar das relações entre Brasil e Estados Unidos, mas para isso as condições têm que ser construídas. “Eu enxergo que essa resposta, de como é que se prosseguirá, é uma resposta que terá que ser construída a partir de medidas que devem ser tomadas. O que nós colocamos sempre é que era necessário, primeiro, para tratar do que tinha ocorrido, desculpas; segundo, para tratar do futuro, uma clara determinação de não acontecer. E isso terá que ser construído porque a relação do Brasil com os Estados Unidos é um relação estratégica para os dois países e não é possível deixar algo como isso sem controle”, afirmou. Nós ainda tentamos perguntar sobre política, tipo como fica a relação com o PSB depois da saída dos Ministros e ela, sorrindo: Isto é assunto para a gente tratar em casa. No Brasil.A frase: “Os EUA já começaram a “revisar” o modo como coletam informações.” Barack Obama, na ONU depois de ouvir o duro desempenho de Dilma sobre o tema.
Olho no gato,
olho no peixe
A presidenta
Dilma Rousseff afirmou, em Nova Iorque, no encerramento do Seminário
Empresarial “Oportunidades em Infraestrutura no Brasil”, que o investimento em
infraestrutura é a grande aposta do governo brasileiro para o crescimento do
país. A presidenta disse que o Brasil vive uma forte demanda por serviços de
infraestrutura e justamente por isso o país precisa de maciços investimentos em
rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e energia. Aos empresários presentes no seminário, Dilma
falou que para garantir o sucesso dos projetos de infraestrutura, foram desenhados
modelos de significativa rentabilidade para o setor privado, incluindo
condições vantajosas de financiamento. A modelagem dos projetos de
infraestrutura consiste em torná-los rentáveis para estimular a concorrência e
implantá-los no mais breve tempo com eficácia e solidez. “Tenho a convicção de
que o sucesso do programa de concessões trará benefícios para todos:
investidores, prestadores de serviços, usuários e a população em geral, que
certamente ganhará com serviços mais baratos e de melhor qualidade”, afirmou.
Dilma também falou sobre o lançamento do Programa de Investimentos em Logística
para enfrentar os gargalos que surgiram com a falta de investimento de décadas
e o forte crescimento da década passada. Segundo ela, nesse novo ciclo de
investimentos em infraestrutura, o Brasil elegeu o modelo de concessões para
promover essa expansão. “O Brasil precisa do investimento e da gestão privadas
para fazer face ao desafio de atacar os principais problemas logísticos e de
energia. Estamos prevendo concessões de 10.000 km de ferrovias, de 7.500 km de
rodovias, de 5 aeroportos internacionais, 33 mil MW de energia, três leilões na
área de óleo e gás, dois no modelo de concessões e um no modelo de partilha, e
diversos programas de mobilidade urbana, metrôs, monotrilhos, VLTs e BRTs,
espalhados pelo país. O programa de concessões já está em ritmo acelerado”,
disse. No discurso, a presidenta afirmou que o governo federal vem tomando uma
série de medidas para enfrentar a crise e melhorar a economia brasileira
estruturalmente, contribuindo para torná-la mais competitiva e produtiva. A
presidenta disse que na década passada o Brasil ingressou em um ciclo de
aceleração do crescimento econômico e social, tornando-se a sétima economia do
mundo, fortalecendo a cidadania e consolidando um mercado de classe média de
mais de 100 milhões de consumidores.
Novo ciclo
A economia
brasileira apresenta condições brasileiras favoráveis a um crescimento
sustentável e expansão do investimento, disse o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, ao iniciar sua apresentação, no Seminário Empresarial “Oportunidades
em Infraestrutura no Brasil”, realizado em Nova York.Guido Mantega disse que a
economia do país está entrando em um novo ciclo de investimentos, com o maior
programa de concessões em décadas, que prevê recursos de US$ 240 bilhões. Os
investimentos em infraestrutura, como leilões de rodovias, ferrovias e
aeroportos, geram efeitos multiplicadores positivos em várias áreas. Segundo
ele, é o mais efetivo instrumento para estimular a economia em um período de
crise internacional. Aos empresários que participaram do seminário, o ministro
da Fazenda destacou ainda que o programa de concessões para investimentos em
infraestrutura lançado pelo governo federal tem regras claras e que o Brasil
tem tradição de cumprir todos os contratos.
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