A única oposição ao Governo é rebatida na Assembleia


Aliados rebatem denúncias de Férrer
Bancada de sustentação sai em defesa do Governo do Estado. Os deputados da base aliada do governador Cid Gomes (PROS) resolveram se pronunciar sobre a denúncia do deputado estadual Heitor Ferrer (PDT), que ingressou com representação contra o Governo junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) contra a licitação para aquisição de 400 veículos.
Para os governistas, não há qualquer irregularidade no processo licitatório. “A licitação não é para garantir o melhor preço, a licitação é para garantir o melhor custo-benefício. O melhor preço não significa que é o melhor produto”, disse o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado José Sarto (PROS), acrescentando que apenas a Kya, a Land Rover e a Toyota estariam aptas a participar da licitação, pois, segundo explicou, preenchiam todas as especificações. Disse, ainda, que a manutenção preventiva e corretiva da Toyota como a mais econômica. Portanto, a General Motors, por sua vez, foi desclassificada por não atender ao motor 3.0 exigido na licitação, dentre outras especificações.
O vice-líder do Governo, deputado Júlio Cesar Filho (PTN), defendeu o princípio da economicidade. “Nós sabemos que a GM, essa marca que o deputado Heitor tanto defende, desde o começo não atendia a alguns critérios, entre eles a questão da cilindrada”, disse.
De acordo com Heitor Férrer, a montadora vencedora seria a General Motors, mas um artifício favoreceu a Toyota e a revendedora do produto Newland. Ele frisou que antes o Governo alegava que queria um carro de tração 4x4 permanente, porém, agora, mudou para cilindrada. “Em 2007, como os outros não tinham a tração 4x4, a cilindrada exigida era 2.7. Em 2008, também 2.7. Hoje, não teria como eliminar a blazer da GM por esse item. Por isso modificou a cilindrada, dirigindo a licitação, buscando no fácil bolso do contribuinte mais R$ 10 milhões para pagar a Toyota do Brasil”, criticou.
“SERIA IMORAL”
Por outro lado, o deputado Mauro Filho (PROS) rebateu afirmando que Heitor cometeu um “erro grave” sobre o procedimento licitatório. “Ouvi atentamente um erro grave sobre o procedimento licitatório do Governo. Heitor chamou o processo de ilegal e imoral, afirmando que estava havendo direcionamento para determinada empresa, sabendo ele que esta licitação é sequência da de 2011 e com menos requisitos que a inicial”, defendeu.
Mauro garantiu que, em qualquer compra, o Governo tem procurado usar o procedimento licitatório e apontar um suposto direcionamento é imoral. “Ao falar em direcionamento e imoralidade é preciso examinar se realmente estas três indústrias podem participar desse processo licitatório. Não se brinca com dinheiro público. Espero que a assessoria de Heitor ouça estas ponderações e não acuse o Governo com palavras tão graves”, aconselhou.

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