Deu no DN


Unifor estabelece convênio de cooperação com Prefeitura de Tauá

No próximo mês, professores e alunos da Unifor chegam ao município para as primeiras experiências
Tauá. A Universidade de Fortaleza (Unifor) firmou convênio de cooperação técnica, científica e cultural com a Prefeitura de Tauá, localizada na região dos Inhamuns. O termo foi assinado na manhã de ontem pelo vice-presidente da Fundação Edson Queiroz, chanceler Airton Queiroz, e pela prefeita do município, Patrícia Aguiar, no auditório do Parque da Cidade.

Termo foi assinado ontem pelo chanceler da Unifor, Airton Queiroz, e pela prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar. A ideia é desenvolver pesquisas e capacitar profissionais, além de compartilhar experiências de convivências comunitárias. Fotos: Eduardo Queiroz
O convênio é um desafio para as duas instituições em decorrência da abrangência. A partir de dezembro próximo, professores e estudantes da Unifor chegam ao município para as primeiras experiências nas áreas de saúde, educação, tecnologia, assistência social, esporte e cultura.

A ideia é capacitar professores e técnicos da administração municipal, desenvolver projetos de pesquisa, programas de consultoria, capacitação, treinamento, qualificação, apoio técnico, interação acadêmica e fortalecimento de estratégias de políticas públicas, além de compartilhar experiências de convivências comunitárias.

A união entre a Unifor e a Prefeitura de Tauá vai proporcionar uma nova experiência para os docentes e técnicos das duas instituições. "Firmamos o convênio e esperamos que as duas partes concretizem as ações em breve", observou o chanceler Airton Queiroz. "Será uma oportunidade de ensinarmos e ao mesmo tempo de aprendermos", acrescentou ele.

A prefeita Patrícia Aguiar destacou a contribuição da Universidade para o ensino, pesquisa e extensão como referência para o Ceará e o Brasil. "Somos gratos à Unifor por ter aceitado esse convênio, que é um desafio para todos nós", frisou a gestora municipal. "O nosso objetivo é melhorar os serviços públicos, avançar cada vez mais na assistência à população, até por termos a obrigação de prestar um trabalho decente à comunidade", concluiu a prefeita.

A solenidade contou com a participação de autoridades locais, políticos, professores, alunos e representantes de entidades de classe. O vice-governador Domingos Filho fez um discurso emocionado, com a declamação de uma poesia na qual enalteceu a cultura e a resistência do sertanejo em decorrência da seca e do sofrimento. Ele destacou a importância da Fundação Edson Queiroz, a iniciativa empreendedora de seu fundador, Edson Queiroz, e o seu legado ao povo cearense.

Domingos Filho observou que nada adianta lastimar a seca. "É preciso saber conviver e superar as dificuldades a partir de tecnologias empregadas no setor agropecuário e em novas oportunidades de trabalho e renda para os jovens e moradores do sertão", frisou. "É possível vencer e nós temos essa capacidade de lutar".

O chanceler Airton Queiroz, ao lado do vice-governador d Ceará Domingos Filho, visitou o Festberro, considerado um dos maiores eventos da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura do Nordeste. A Feira acontece até amanhã
A reitora da Unifor, Fátima Veras, disse que a instituição já firmou convênio com outros municípios, mas o termo de cooperação com a Prefeitura de Tauá é pioneiro em decorrência de sua ampla abrangência. "Vamos aproximar a comunidade acadêmica e iniciamos já a partir de dezembro, com estudos e pesquisas nas áreas de saúde e de educação", disse.

A experiência acumulada pelos docentes da Unifor será transferida para os gestores locais, com o objetivo de ampliar e melhorar a oferta de serviços públicos à população.

"Inicialmente, propomos uma parceria com o setor de saúde, mas o chanceler Airton Queiroz aceitou o desafio e ampliou a proposta. Essa decisão nos motivou ainda mais", lembrou a prefeita Patrícia Aguiar.

Festberro
Após a solenidade de assinatura, a comitiva do chanceler Airton Queiroz, da reitora Fátima Veras, da prefeita de Tauá, do vice-governador e de professores da Unifor visitou a Mostra Científica dos Inhamuns, no Parque da Cidade, com trabalhos de estudantes do ensino médio; a Cidade Digital; o Museu Regional dos Inhamuns e o Parque de Exposição, onde acontece a Feira de Negócios de Ovinos e Caprinos dos Inhamuns (Festberro).

Durante a tarde, a visita foi ao Museu Regional dos Inhamuns, que tem acervo arqueológico e paleontológico de cerca de 1.800 peças, um dos mais expressivos do Brasil. Lá, a história da região é contada por meio dos objetos raros

O evento chega a sua 9ª edição e é reconhecido como um dos maiores da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura do Nordeste. Neste ano, os organizadores estimam um volume de negócio em torno de R$ 300 mil.

No Festberro, estão concentrados vários eventos em um só: I Festival de Gastronomia do Carneiro e do Bode de Tauá (Carneirode); II Feira de Agricultura Familiar; II Eco-Tauá - Feira de Boas Práticas Ecológicas; exposição e venda de ovinos e caprinos; leilão nacional; e concurso de raça e de leite. O evento prossegue até o próximo sábado.

No Clube do Vaqueiro, onde o Festberro é realizado, centenas de criadores, expositores da agricultura familiar, artesãos e visitantes movimentam o espaço de comercialização e exposição. O município tem o maior rebanho de ovinos e caprinos do Estado.

Museu
À tarde, a comitiva visitou o Museu Regional dos Inhamuns, cujo acervo arqueológico e paleontológico de cerca de 1.800 peças é um dos mais expressivos do Brasil. São objetos raros que contam a história da região.

O museu é mantido pela Fundação Bernardo Feitosa, entidade que é referência histórica e cultural do Município há 21 anos. O grupo foi recepcionado pela presidente da Fundação, Dolores Feitosa. "Há 50 anos, começamos a juntar peças que contam a história desta região e depois criamos o Museu e a Fundação", contou. "Preservamos a história e a cultura do lugar".

Fósseis, urnas indígenas, mobiliários, utensílios, peças de couro do ciclo do gado no sertão dos Inhamuns integram o acervo, que é dividido em coleções: Paleontologia, Arqueologia, Colonização e Aristocracia Rural.

Nenhum comentário:

Postar um comentário