Quem está alimentando os bandidos com granadas?


Violência das torcidas protagoniza evento

Apesar de a Polícia Militar (PM) ter desencadeado de uma operação para minimizar a violência protagonizada pelas torcidas organizadas no clássico-rei entre Fortaleza e Ceará realizado, ontem, na Arena Castelão, tumultos e apreensão de armas com alto poder de lesionar e matar marcaram o evento. No entorno da Arena, 500 policiais fizeram o patrulhamento. Os terminais da Parangaba e Antônio Bezerra, mais utilizados pelos torcedores para ter acesso ao Castelão, além de contar com o aparato da Guarda Municipal, também contaram com o apoio de 28 PM´s.
OCORRÊNCIAS
De acordo com o coronel Soares, do Comando de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar, em uma das abordagens, nas proximidades da Arena Castelão, dois menores foram encaminhados à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), por portarem duas granadas de fragmentação, com grande poder de lesionar e matar. A PM prendeu o adulto que acompanhava os dois jovens. Ainda próximo ao estádio, na Avenida Padaria Espiritual, um homem foi baleado na perna. A Polícia encontrou, minutos após o crime, uma pistola, calibre 765, nos arredores do local. Ninguém foi preso e não há informações sobre o autor do disparo.
Ainda no balanço do destacamento, uma outra pessoa foi presa, ao tentar entrar no estádio, portando uma arma branca. “O problema são as torcidas organizadas. É preciso ter uma atitude muito ríspida contra elas. Elas têm de ser responsabilizadas por isso”, defendeu o coronel.
ÔNIBUS
Diversos ônibus, em Fortaleza, tiveram de ser parados, revistados e escoltados pela Polícia, tendo em vista princípio de confronto entre as torcidas. Nos terminais de Antônio Bezerra, Messejana e Siqueira ocorreram princípios de tumultos. Para manter a ordem, a Guarda Municipal teve de usar balas de borracha e granadas de efeito moral.
BEBIDAS
Para reduzir o número de ocorrências, a Polícia Militar proibiu em um raio de 100 metros da Arena, a venda de bebidas alcoólicas. Entretanto, a equipe do jornal O Estado ainda flagrou, antes do evento, alguns vendedores ambulantes no local, comercializando as bebidas.
O coronel da CPE ressaltou que, desde as 8 horas da manhã, os policiais estavam fazendo a ronda e acampando no local, para coibir a venda, entretanto, não contou com apoio dos fiscais da Regional VI, onde os autuados têm os materiais confiscados. “Isto não é radicalismo, radicalismo é a pessoa sair morta daqui”, disse, frisando que a bebida alcoólica potencializa os problemas.
Na operação de ontem, duas Plataformas de Observação Elevada (POE), equipamentos que serão utilizados na Copa do Mundo, também foram empregados, estrategicamente, para verificar a movimentação dos torcedores na entrada e saída. Um helicóptero da PM também acompanhava toda a movimentação, e repassava as imagens para o Centro Integrado de Comando e Controle Local (CICCL).
A violência ocorreu ainda, em outros pontos da Capital cearense. Na Barra do Ceará, nas proximidades do Estádio do Ferroviário, a Polícia ouviu relatos de que torcedores estavam disparando tiros na Rua Astrogildo Fontoura. Outro confronto marcado por disparos de armas de fogo foi registrado em Messejana, próximo ao viaduto. Na Av. Senador Fernandes Távora, no bairro Henrique Jorge, grupos rivais se enfrentaram, provocando tumulto na região. Na Serrinha, a polícia foi atacada com um artefato explosivo.
NO ESTÁDIO
Dentro do estádio, o clima esquentou até mesmo entre torcedores do mesmo time.  Na briga entre torcedores do Fortaleza, um homem foi espancado. Em outro ponto, uma pessoa foi pega, em flagrante, pela torcida praticando um furto. A Polícia foi chamada para conter a confusão.

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