O enfrentamento ao tráfico de pessoas no Ceará e no Brasil foi tema de duas palestras proferidas nesta sexta-feira, 28 de março, pela procuradora da República Nilce Cunha Rodrigues, do Ministério Público Federal no Ceará (MPF). Nas palestras, estudantes do ensino médio de duas escolas da rede pública de Fortaleza aprenderam sobre o assunto e puderam entender como o crime pode ser enfrentado.
O projeto faz parte da série "Diálogos da Cidadania", promovido
pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), e tem por
objetivo conscientizar a população jovem da capital sobre a realidade do
tráfico humano, sobretudo no período de Copa do Mundo, quando haverá
maior fluxo de estrangeiros no Brasil.
Durante a conversa com os estudantes, a procuradora Nilce Cunha
chamou a atenção dos jovens para o fato do tráfico de pessoas ser um
crime praticado, quase sempre, por organizações criminosas. Também
lembrou que os aliciadores costumam se tornar amigos ou pessoas próximas
às vítimas. "O aliciador se torna amigo para tentar convencer de que a
proposta dele é muito boa", advertiu.
No Colégio Jenny Gomes, no bairro Aerolândia, cerca de 100 alunos
do Ensino Médio assistiram à palestra. Lizandra Azevedo, 17, aluna do 3º
Ano, afirmou estar surpresa com os números apresentados pela
procuradora. "Uma professora da escola já tinha falado com a gente sobre
o tráfico de pessoas, mas eu pensei que eram poucas vítimas", disse.
Já no Liceu de Messejana, a estudante Jéssica Iris, 17, aluna do 3º
Ano, contou já ter ouvido falar sobre o tráfico humano principalmente
entre jovens que viajam em busca do sonho de ser atleta de futebol.
"Achei a palestra muito útil para mostrar como isso pode estar perto da
gente", avaliou.
Durante a palestra, os alunos aprenderam como denunciar e se
proteger das quadrilhas de traficantes de seres humanos. Samuel Medeiros
Lima, 16, aluno do 3º ano, gostou das informações sobre cuidados que
devem ser tomados durante viagens ao exterior. "Eu aprendi que a gente
deve guardar e ter cuidado para não perder nossos documentos", citou o
estudante.
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