...e o Centro de Eventos era suntuoso demais...


Simpósio Internacional discutirá conceito de bioeconomia no CE
A comunidade científica da área de Biotecnologia estará com suas atenções voltadas para Fortaleza, entre os dias 14 e 19 de setembro, devido ao 16º Simpósio Internacional de Biotecnologia (IBS, na sigla em inglês). Mais de mil pesquisadores de 80 países estarão reunidos no Centro de Eventos do Ceará (CEC), onde discutirão sobre o tema “Biotecnologia para o Desenvolvimento da Economia Verde”. O evento é promovido pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac, na sigla em inglês), com apoio de vários órgãos e empresas. É a primeira vez que o evento é realizado no Brasil, após já ter ocorrido em países como Canadá, Estados Unidos, França, Itália e China.
A coordenação do evento está a cargo do professor José Osvaldo Beserra Carioca, do Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFC, referência no Brasil e no exterior em “Química Verde” e biocombustíveis. Pesquisadores e convidados vão trocar experiências, conhecer mais sobre tendências de mercados e inovações em diversas áreas como: Biologia Molecular e Bioinformática; Agronegócios (animal, agricultura e aquicultura); Industrial e Biotecnologia Ambiental; Produtos Farmacêuticos e Biotecnologia; Economia Verde: Bioprocessos e Bioprodutos – Biocombustíveis; Cooperação Internacional e Biodireito, além de Projetos de Inovação e Empreendedorismo. “Nosso objetivo é juntar a iniciativa privada, os governos e a universidade para trabalhar o desenvolvimento da bioeconomia, através de negócios sustentáveis para o Brasil e, principalmente, para o Ceará”, resumiu José Carioca.
BIOECONOMIA
O conceito de bioeconomia remete a uma nova lógica econômica, baseada na sustentabilidade e na união dos diversos vetores do setor produtivo, que utilizam recursos biológicos em sua cadeia de produção. O desafio é oferecer alternativas e soluções para problemas como a crise econômica internacional, as mudanças climáticas e a atual dependência dos recursos fósseis. “O petróleo, por exemplo, tende a perder força ao longo dos próximos anos. Já a Biotecnologia vai ganhar ímpeto. Nisso, entra o Brasil, que tem grande biodiversidade e já realiza alguns programas inovadores”, ressaltou o professor. Ele acrescenta, no entanto, que a ideia é ir além. “Em vez de exportar commodity (como petróleo e minério de ferro), temos que exportar produtos com valor agregado”, disse.
Para promover a cooperação internacional, o IBS irá fomentar a criação de uma Plataforma Internacional de Pesquisa. A ferramenta possibilitará um intercâmbio dos projetos de cooperação científica, que englobam trabalhos de pesquisadores e estudantes, entre Redes de Biotecnologia e os países membros da Federação Europeia de Biotecnologia, promovendo a transferência de novas tecnologias em temas estratégicos da Biotecnologia. Na área de inovação e empreendedorismo, a programação do IBS 2014 trará pela primeira vez o Biobusiness Forum – Biobusiness Meeting and Startup Demo Day, nos dias 17 e 18 de setembro. O objetivo é promover o intercâmbio e a transferência de tecnologias entre os ofertantes de soluções tecnológicas, empresas, startups incubadas e investidores, para aumentar a competitividade dos setores produtivos impactados pela Biotecnologia. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento (www.ibs2014.org). Mais informações pelos telefones (85)-4011-1472/-1562 ou através do e-mail info@ibs2014.org.

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