Pobrinha e coitada, diz Marina que é


Na web, Marina se diz sucessora de FHC e Lula

Josias de Souza
Eraldo Peres/AP A substituta de Eduardo Campos na corrida presidencial inaugurou na internet um site chamado ‘Marina 40’. Trata-se de uma janela virtual na qual Marina Silva enumera 40 razões para que o eleitorado vote nela. No item de número 17, a nova candidata do PSB se apresenta como “sucessora” dos dois principais antagonistas da política brasileira.
“Marina Silva integra os avanços dos governos FHC e Lula”, diz o texto. “É o passo adiante para superar as deficiências que persistem no país. Não é opositora, que rejeita tudo, nem uma continuadora, que vê tudo positivo. É uma sucessora.”
No item 26, a candidata se achega à rapaziada do meio-fio: “Marina identifica o surgimento de um novo sujeito político, autoral, que se expressou nos protestos de junho de 2013, se manifesta diariamente nas redes sociais e quer ser voz ativa nos destinos do país.”
Numa tentativa se vacinar contra a alegação de que lhe falta experiência administrativa para exercer a Presidência, Marina evoca no item 3 sua passagem pelo Ministério do Meio Ambiente do governo Lula: “Com tranquilidade e firmeza, Marina possui enorme competência. Foi sob seu comando na década passada que o desmatamento da Amazônia reduziu drasticamente —57% em três anos.”
No item 6, a candidata toma distância do toma-lá-dá-cá: “Marina Silva não governa com apaniguados nem sob influência de indicações políticas. Sabe ouvir e governa com a ajuda de técnicos e especialistas. Pretende unir no governo o lado bom de cada administração pública.”
O item 9 apresenta Marina como uma espécie de Lula de saias: “Como a maioria dos brasileiros, Marina Silva nasceu pobre, num seringal do Acre, na floresta amazônica. Com muita persistência, com escola e com ajuda de boas pessoas, superou as adversidades.

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