Tensão nos mercados deve diminuir nos próximos meses, diz economista

Tensão nos mercados deve diminuir nos próximos meses, diz economista

Mantega garantiu controle da inflação e geração de empregos nesta segunda-feira

Jornal do BrasilPamela Mascarenhas
A Bovespa fechou em queda de 2,77% nesta segunda, aos 50.503 pontos, após ter recuado mais de 6%, em reação à reeleição de Dilma. As ações da Petrobras despencaram 12,33% e da Eletrobras, 11,68%. Já os papéis do Banco do Brasil caíram 5,51%.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou os compromissos do governo, na tentativa de tranquilizar o mercado: fortalecimento dos fundamentos fiscais, manutenção da inflação sob controle e continuidade da geração de empregos. "Tem de manter o estímulo ao investimento. Temos de criar condições para que o investimento continue crescendo no país. Temos de fortalecer as empresas brasileiras, estimular o mercado de capitais, tem de continuar se expandindo, e as empresas têm de abrir capital na bolsa, e assim por diante. Temos também de manter o sistema financeiro sólido. Porque financia a expansão da economia, a expansão do consumo", explicou.
Denis Maracci Gimenez, professor do Instituto de Economia da Unicamp, destaca que cabia realmente ao ministro passar uma mensagem de tranquilidade ao mercado, apesar de enxergar que "claramente, há exageros em relação ao comportamento do mercado financeiro". O cenário deve mudar no decorrer dos dias e meses, contudo, explica o professor, a medida que a presidente apresente sua nova equipe e dê sinalizações do que será feito nos próximos quatro anos.
"Não há nenhum fundamento que justifique as pessoas não acreditarem numa empresa como a Petrobras, empresa rentável, que tem caminho virtuoso, brilhante. Não há motivo para que haja desconfiança sobre sua capacidade de levar seus investimentos à frente. Pelo contrário, a empresa é fortemente recomendada. Acho que isso, com o passar dos dias e dos meses, essa tensão característica do período eleitoral, tende a diminuir", salienta.
O professor acredita que tanto Mantega quanto a presidente Dilma mostraram compromisso com a saúde fiscal do país, vide a trajetória nos últimos 12 anos. "O país tem uma situação fiscal que evoluiu muito bem, mesmo considerando os últimos quatro anos. Apesar do crescimento mais baixo, o governo teve uma preocupação grande em preservar a saúde fiscal do país."
Eleições em um país em desenvolvimento
A economia e as eleições, no Brasil, são uma via de mão dupla, conforme explicou Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria, ao JB, ainda no primeiro turno. As expectativas em relação ao desempenho dos candidatos à presidência afetam o humor dos agentes econômicos, um fenômeno típico de países em desenvolvimento. "Nos países avançados, esses são dilemas resolvidos. Já que têm instituições econômicas sólidas, ficam relativamente protegidos da alternância de governos", salienta Cortez.
Francisco Lopreato, professor de Economia da Unicamp, acrescenta que, nos Estados Unidos, por exemplo, mesmo em caso de mudança de um governo republicano para um democrata, ou vice-versa, a entrada de um novo presidente não traz mudanças substanciais para a política econômica. A chegada de Obama ao poder, mesmo representando uma grande novidade, não significou nenhuma alteração substancial para o mercado, lembra o professor.
"A economia brasileira é um tumulto, ganhou uma estabilidade maior com o governo Lula, mas ainda está longe de ser uma situação semelhante a dos EUA. As mudanças aqui ainda são muito expressivas, mesmo do Lula para a Dilma, apesar de ser uma continuidade", conclui Lopreato.

Penso eu - Aí está o mercadão! Continua sacaneando, fazendo terrorismo com a eleição brasileira fazendo ricos muito mais ricos e pobres...um dia a casa cai. Papai do céu castiga.

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