Opinião

Os anjos do Inferno. 
Do                Carlos Brickmann

A presidente Dilma é uma pessoa de sorte: quem enfrenta uma oposição tão bem-comportada, tão almofadinha, tão preocupada em não amassar a gravata, tem de agradecer aos céus. Mas nem tudo é perfeito: a oposição pode ser fofinha, mas é preciso tomar muito cuidado com alguns aliados. Se um deles lhe oferecer um cafezinho, Dilma demonstrará sabedoria se exigir que alguém o prove antes.

E quais são esses aliados tão perigosos? Pois este é outro problema: como diferenciar quem quer abraçá-la de quem apenas pretende plantar-lhe um punhal nas costas? Como os demônios, são dissimulados; como os demônios, são legião.

Não culpe o PMDB, caro leitor. O PMDB é transparente, todos sabem o que quer. Mas que é que Gilberto Carvalho, fiel entre os fiéis, ministro de Dilma, pretendia ao atacá-la? E Marta Suplicy, também ministra, que saiu atirando? E aqueles petistas radicais que assinam manifestos contra os ministros que Dilma escolheu? Não vamos fingir que estejam indignados com Joaquim Levy. Quem aceitou Sarney, Collor e Maluf, quem conviveu no Governo com Sarney Filho, César Borges, Guilherme Afif, já tem o couro curtido. Se o coronel Brilhante Ustra fosse ministro dos Direitos Humanos, aceitariam numa boa. E explicariam.

O PT rachou entre Dilma e os outros. Quem são os outros? Quem é seu chefe?

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