Levy na Fazenda complica estratégia do PSDB
Além de deixar indignado o PT, a presença de Joaquim Levy no comando
da equipe econômica de Dilma Rousseff deixou perplexo o PSDB. Parte do tucanato avalia que será necessário refinar a estratégia da oposição. Um cacique da legenda resumiu o drama assim:
—
Hoje, atacamos a incoerência da Dilma, que parece ter descoberto que
até o marketing eleitoral tem que ser baseado num orçamento. Mas amanhã,
quando o Joaquim Levy começar a executar o nosso programa no governo
dela, não teremos como bater cegamente. Seria autoflagelação.
Nos
próximos dias, o PSDB deve potencializar no Congresso o embate contra o
projeto de Dilma que mexe na Lei de Diretrizes Orçamentárias, para
autorizar o governo a fechar suas contas de 2014 no vermelho. Deseja-se
realçar que Levy entra no governo como uma espécie de remédio de Dilma
contra ela própria.
De resto, o tucanato faz duas apostas. Uma de
curto prazo: a crise política a ser deflagrada pelas denúncias da
Procuradoria sobre o petrolão dominarão a cena. Outra de médio
prazo: Levy logo verificará que Dilma não lhe dará a autonomia de que
necessita para recolocar a economia nos trilhos. Nessa perspectiva, o
novo ministro da Fazenda não seria uma solução, mas uma nova crise
esperando para acontecer. Na visão do Josias.
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