Opinião

Paes de Andrade

No último dia 23, como sempre acontece no início de cada ano, o querido Paes de Andrade ofereceu uma "carneirada" a vários amigos e admiradores. O comparecimento foi numeroso. Todos lá foram não para homenagear o deputado estadual, o deputado federal, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente da República, o embaixador do Brasil em Portugal, o intelectual, mas para abraçar um homem correto, honrado, de "mãos limpas" - como disse o eminente Ulysses Guimarães, bem como um político exemplar que já faz parte da História do Brasil. Dona Zildinha, sua grande companheira, incentivadora e esposa, organizou um cardápio delicioso cujo o prato principal era carneiro cozido e assado, acompanhado de comida típica da gastronomia cearense. Tive a oportunidade de conversar com Paes sobre vários assuntos. O tema dominante da prosa foi a escassez de água. O que era um problema, apenas do Nordeste, hoje, tornou-se do Brasil. Como teria sido correto se o Dnocs ("N" de nacional), ao longo do tempo, não tivesse se esvaziado, porém fortalecido com recursos indispensáveis e novas tecnologias. Faltou, como continua faltando, planejamento estratégico. No momento, dentre muitas, as três principais cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) estão próximas de uma grave crise hídrica. Fortaleza, apesar de estar na Região seca do País, ainda não sofre racionamento de água, graças ao Castanhão, cuja autorização para construção foi dada pelo então deputado Paes de Andrade, no exercício da Presidência da República. Por isto, merece o agradecimento de todos nós.

Gonzaga Mota
Professor e escritor, ex-governador do Ceará e meu amigo.
 

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