Opinião

Como faz falta!
No dia 12 de outubro de 1992, ocorreu o trágico falecimento do Dr. Ulysses Guimarães. Vinte e três anos se passaram. Pouco vem sendo lembrado. Aliás, uma minoria de políticos segue o seu exemplo. O perfil de Ulysses é o perfil do Brasil das liberdades e da seriedade. Sempre defendeu um Brasil ético, rico, com justiça social. A integridade pessoal, a coerência política, a coragem cívica e a obstinada tenacidade na construção de uma nação maior foram os elementos de que se utilizou para compor, aos olhos dos brasileiros, a figura do gigante que se alteia sobre os outeiros da Pátria e projeta esperança no futuro. É importante lembrar o “Senhor Diretas”. Dedicou-se de maneira obstinada à causa do Brasil democrático. Hoje, sem dúvida, seria o “Senhor da Ética”. Lembro-me do Dr. Ulysses nos anos de 1984 e 1985, dando continuidade ao trabalho sério, com desprendimento e espirito público, de redemocratização do Brasil. Naquela época tinha a honra de governar o Estado do Ceará e participava de reuniões ao lado de Tancredo Neves, Aureliano Chaves, Ulysses Guimarães, Marco Maciel, Franco Montoro, Jose Richa e tantos outros políticos que representavam o desejo e a esperança da população brasileira. Ulysses e Aureliano eram os dois principais articuladores do movimento que originou a Aliança Democrática, garantindo a eleição do inesquecível Tancredo Neves para presidente da Republica. Como está fazendo falta, atualmente, o politico exemplar Ulysses Guimarães, símbolo da cidadania. Nossos jovens precisam conhecer a verdadeira história do maior líder brasileiro da segunda metade do século XX.
Gonzaga Mota- professor e escritor, ex-Governador do Ceará e meu amigo.





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