O
almoço
Sou muito grato ao
eminente professor e intelectual Sânzio de Azevedo, por sempre fazer colocações
construtivas sobre as reduzidas crônicas que escrevo, às sextas-feiras, no
jornal Diário do Nordeste. Com relação à última, “O causo do comício”, agradeço
as observações, bem como a sugestão dada no sentido de comentar fatos históricos
acerca da redemocratização do Brasil. Digo-lhe, caro mestre, sempre que
possível seguirei o seu excelente conselho, apesar de que, conforme fui
informado, três pessoas estão escrevendo sobre a minha vida e eu, particularmente, estou redigindo
“História Vivida – Uma Autobiografia”. No tocante à redemocratização
concentro-me no período 15.03.1983(início do meu Governo no Estado do Ceará) a
15.01.85(eleição de Tancredo Neves). Assim, em outubro de 1984, creio, o
Vice-Presidente Aureliano Chaves, reuniu num almoço no Palácio Jaburu membros
do PMDB(Tancredo Neves e Ulysses Guimarães) e do PDS(Marco Maciel, Jorge Bornhausen,
José Sarney e Gonzaga Mota) para comunicar aos peemedebistas que o senador José
Sarney seria o candidato a Vice. Somente assim haveria a Aliança Democrática. O
chamado Grupo Autêntico do PMDB(FHC, Mario Covas, Pedro Simon, Paes de Andrade,
dentre outros) não concordava. Tancredo
e Ulysses, sem autorização dos autênticos, mas visando os interesses superiores
do Brasil responderam afirmativamente. Foram logo conversar com os
correligionários. Foi difícil convencê-los, no entanto conseguiram. Prevaleceu
a “máxima” do velho PSD mineiro: “reunião com a decisão já tomada”. Eis como
aconteceu.
Gonzaga Mota
prof. aposentado
da UFC- Ex-Governador do Ceará e meu amigo.
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