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Democratas confirmam histórica candidatura de Hillary Clinton a presidente dos EUA

Do UOL, em São Paulo
  • Justin Sullivan - 23.jul.2016/Getty Images/AFP
    Hillary durante anúncio de Tim Kaine como seu vice, na sexta (22)
    Hillary durante anúncio de Tim Kaine como seu vice, na sexta (22)
Em momento histórico, a ex-secretária de Estado e ex-senadora norte-americana Hillary Clinton foi confirmada nesta terça (26) como a candidata do Partido Democrata a presidente dos Estados Unidos nas eleições deste ano.
Mulher do ex-presidente Bill Clinton -- que deve discursar na convenção democrata ainda esta noite -- Hillary enfim conquistou a nomeação democrata depois de ter perdido para o atual presidente norte-americano, Barack Obama, nas prévias de 2008. Agora, pela primeira vez, um dos dois grandes partidos americanos terá uma mulher na disputa pela presidência dos EUA.
A candidatura de Hillary veio com o apoio de quase 3 mil delegados democratas na convenção do partido, realizada na Filadélfia, na costa leste dos EUA. Ela precisava dos votos de ao menos 2.382 delegados. Agora, ela se prepara para disputar o comando dos EUA contra o polêmico empresário Donald Trump, escolhido como o candidato do Partido Republicano, nas eleições de 8 de novembro. O primeiro debate entre os dois está marcado para 26 de setembro.

Conheça a trajetória política de Hillary Clinton

Rival de O concorrente de Hillary no partido, o senador Bernie Sanders, recebeu votos de mais de 1.800 delegados. Ao fim do anúncio dos votos, num ato de forte simbolismo, Sanders assumiu o microfone para abrir mão publicamente de sua candidatura e possibilitar que Hillary fosse escolhida por aclamação.
O ato de Sanders foi provavelmente a tentativa mais forte de unir um ainda dividido Partido Democrata. O clima na legenda piorou na semana passada, com o vazamento de e-mails que dão a entender que a liderança do partido trabalhou para sabotar a campanha do senador. Na segunda (25), também na convenção, Sanders chegou a ser vaiado ao pedir que seus apoiadores agora endossassem Hillary, reiterando a posição que anunciou há duas semanas. Hoje, militantes favoráveis ao senador protestaram em plena convenção contra a nomeação da ex-secretária de Estado.
"Fui uma democrata por 35 anos e, é uma pena, mas meu partido me traiu", disse Nadine Gallagher, uma delegada de Oklahoma.

Charles Mostoller/Reuters
Militantes pró-Sanders protestam na convenção após nomeação de Hillary
A candidata democrata espera herdar os votos conquistados pelo senador nas primárias, especialmente em Estados onde ele se saiu bem e as pesquisas apontam uma disputa apertada entre Hillary e Trump. Resta saber se ela vai abraçar bandeiras de Sanders como tornar as universidades públicas gratuitas, aumentar os impostos sobre os mais ricos e ampliar o controle sobre o setor financeiro.
No momento, além da maioria dos delegados do partido, Hillary já conta com o apoio de Obama e de sua mulher, Michelle, que fez um discurso emotivo na convenção esta segunda para defender a candidatura da ex-secretária de Estado. Já o senador Tim Kaine, escolhido como vice na chapa e de perfil mais ao centro do espectro político, é visto como a "isca" ideal para tentar atrair republicanos insatisfeitos com Trump.

Advogada, primeira-dama e política

Nascida no dia 26 de outubro de 1947 em uma família de classe média de Chicago, Hillary Diane Rodham Clinton é formada em Direito e teve uma carreira jurídica de sucesso antes de entrar para a política. Como jurista, ela se destacou em trabalhos acadêmicos e chegou a publicar artigos sobre direitos das crianças e políticas públicas sobre a infância em revistas especializadas respeitadas. Também trabalhou como advogada em escritórios famosos.
Hillary se casou em 1975 com Bill Clinton, que viria a ser seria eleito presidente dos Estados Unidos em 1993. Ela entrou de vez para a política com a eleição como senadora pelo Estado de Nova York, em 2001, ocupando o cargo até 2009.
Naquele ano, ela foi nomeada por Obama como secretária de Estado, posição que ocupou até o começo de 2013. No início do ano passado, veio a público que Hillary usou um servidor pessoal para hospedar e-mails sigilosos do governo. Este mês, a procuradoria-geral dos EUA anunciou que não processaria a ex-secretária.
Hillary e Bill são pais de Chelsea, de 36 anos, que hoje trabalha na Fundação Clinton e na Clinton Global Initiative, ONGs tocadas pelo pai. Mãe e filha discursam na quinta (28), encerrando a convenção democrata. (Com BBC Brasil, Reuters e Efe).

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