Confusão na Assembleia

Sessão na AL é suspensa após bate-boca e empurrões

O que começou como uma discussão política, acabou em agressões físicas. Deputados estaduais trocaram empurrões, em meio aos gritos em um debate acalourado, na sessão de ontem, no plenário da Assembleia Legislativa. A sessão acabou suspensa e os trabalhos foram encerrados para que os parlamentares fossem contidos. Os “protagonistas” da confusão foram os deputados Osmar Baquit (PDD), Agenor Neto (PMDB) e Tomás Holanda (PMDB).
O debate começou quando o deputado Agenor Neto (PMDB), ao usar a palavra na tribuna do plenário, relatou que um grupo de manifestantes teria sido agredido com spray de pimenta, no município de Iguatu, na região centro-sul, no último sábado, quando o governador Camilo Santana cumpriu agenda no município para inaugurar a base do Batalhão Raio.
Agenor acusou o governador do Estado de ordenar que a polícia jogasse spray de pimenta nos manifestantes que “estavam buscando diálogo”. “Os manifestantes estavam de maneira ordeira querendo dialogar e se manifestar, em busca de melhores condições na educação, saúde, entre outros”, defendeu.
O parlamentar afirmou, ainda, ter recebido ameaças de morte e disparou críticas direcionadas a Camilo Santana. “O governador do Estado diz que não tem dinheiro, mas liberou mais de R$ 18 milhões para os municípios para realização de festas. Não tenho nada contra festas, mas a prioridade são as pessoas”, reclamou.
Agenor seguiu o discurso sem dar espaço para a base do governo defender a administração Camilo Santana. Insatisfeito, o deputado Osmar Baquit interrompeu o pronunciamento do orador seguinte, no caso o deputado Renato Roseno (Psol), que já se preparava para debater outro tema.
Baquit disse que os tais manifestantes seriam, na verdade, pessoas ligadas ao prefeito de Iguatu e ao deputado Agenor Neto. Diante da acusação, o deputado Tomaz Holanda, correligionário de Agenor, reagiu iniciando o bate-boca.
Confronto físico
Em certo momento da discussão, Osmar Baquit chamou Holanda de “ventríloquo” de Agenor e a confusão ficou mais acirrada. Os dois peemedebistas partiram em direção a Baquit e a turma do “deixa disso” entrou em ação para evitar o confronto físico. O líder do governo, Evandro Leitão (PDT) foi um dos que tomou a frente, junto com assessores da AL, para evitar a troca de socos entre Baquit, Agenor e Holanda.
Depois de alguns empurrões, e com ânimos muito exaltados, os deputados foram separados. À distância, Baquit ainda provocou: “vem, vem!”, disse aos gritos, chamando Agenor e Tomaz Holanda para a briga.
O deputado Manoel Duca (PDT), que presidia a Mesa no momento da confusão, suspendeu os trabalhos. Na sequência, cerca de meia hora depois, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) reabriu os trabalhos para declarar encerrada a sessão.

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