Tombamento definitivo do prédio do Colégio Cearense poderá ser aprovado nesta quarta-feira, 15/2
O
tombamento definitivo, em nível estadual, do prédio do Colégio
Cearense, na avenida Duque de Caxias, 101, Centro de Fortaleza, poderá
ser aprovado nesta quarta-feira, 15/2, em reunião do Conselho Estadual
de Preservação do Patrimônio (Coepa), marcada para acontecer às 9h, no
próprio prédio. Na ocasião, a Coordenadoria de Patrimônio Histórico,
Artístico e Cultural (Cophac), da Secretaria da Cultura do Estado do
Ceará (Secult), estará encarregada de apresentar ao Conselho o parecer
para tombamento definitivo do Colégio Cearense do Sagrado Coração,
popularmente conhecido como Colégio Marista, onde atualmente funciona o
Centro Universitário Estácio do Ceará - Campus Centro.
"Compreendemos
a importância dada a esse imóvel, tanto pela qualidade da sua
arquitetura, como também pela representação que possui na memória e na
história da educação no Estado do Ceará", ressalta o coordenador de
Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secult, Alênio Carlos.
Caso aprovado o tombamento definitivo, o conjunto arquitetônico do
Colégio Marista Cearense, que teve suas obras iniciadas em 1910, deverá
ter realizada pelo governador do Estado sua inscrição no Livro de Tombo
Histórico e Etnográfico, conforme Art 9º-a, da Lei Estadual Nº 13.465
de 05 de maio de 2004.
Parcerias e Plano de Educação Patrimonial
"Nesse
processo de tombamento, é importante destacar a contribuição da
Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor) e do Centro Universitário
Estácio do Ceará . A secretaria nos cedeu a utilização da instrução de
tombamento do Colégio Marista, o que, para nós, foi fundamental. Esse
fato demonstra que a política de patrimônio está mais integrada com os
municípios. Já a Estácio tem participado também com a ajuda na
elaboração da instrução de tombamento, guiada pela equipe da professora
Clélia Monastério e seus alunos, e cedendo o espaço para reuniões do
Coepa", destaca o coordenador de Patrimônio da Secult, Alênio Carlos.
O
parecer para tombamento também se refere ao aspecto de patrimônio
imaterial, sugerindo, em comum acordo com o Coepa, a elaboração do plano
de educação patrimonial, a ser construído em diálogo com o
Centro
Universitário Estácio do Ceará. "Ao considerarmos a educação como
dimensão imaterial do bem tombado, estamos ressaltando a função
educativa do monumento. Recomendamos que o plano de educação patrimonial
seja pensado como um campo expandido, dialogando com o presente e
qualificando iniciativas contemporâneas de educação patrimonial, de
caráter participativo/colaborativo", explica Alênio.
A
reitora do Centro Universitário Estácio do Ceará, Ana Flávia Chaves,
ressalta que, em parceria com a Secult, a instituição desenvolverá um
projeto que envolva múltiplas atividades e integração de pesquisadores.
"Estamos pensando em um projeto que envolva não só a questão
arquitetônica, mas o subjetivo e imaterial que está por trás desse
colégio representa marco histórico na educação do Ceará. Vamos envolver
pesquisadores, professores e alunos para que o projeto possa mostrar
qual o impacto da educação do Colégio na história do ensino médio no
Estado. Contar a história do prédio e o que aconteceu lá em termos de
educação. Sabemos que grandes líderes políticos e outros profissionais
de relevância tiveram origem no colégio", destaca.
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