Justiça Federal no Ceará realiza audiências da operação Valentina
Doze pessoas são acusadas de fraude de mais R$ 7,5 milhões por meio do sistema de
internet banking
A 32ª Vara da Justiça Federal no Ceará
iniciou na última segunda-feira(21) as audiências das testemunhas de
acusação e defesa, além do interrogatório dos réus da operação
Valentina, acusados de fraude ao sistema bancário pela
internet. Foram ouvidas três testemunhas de acusação e 17
testemunhas de defesa durante toda a semana. Os 12 réus foram
interrogados após as oitivas das testemunhas.
Sete pessoas foram presas,
preventivamente, no último dia 11 de abril de 2017, no desdobramento de
operação conduzida pela Polícia Federal, que ainda cumpriu 25 mandados
de busca e apreensão, oito conduções coercitivas e seis mandados
de prisão temporária expedidos pelo juiz federal Danilo Dias,
magistrado responsável pela Ação Penal. Os réus permaneceram presos após
as audiências.
O próximo passo será a intimação da
Polícia Federal para apresentação de laudos periciais dos bens
apreendidos. Com a juntada dos laudos será dado prazo para que as partes
façam eventuais pedidos de diligência.
Terminada essa fase, será aberto prazo para alegações finais e, em seguida, para a conclusão dos autos e elaboração da sentença, que deve ocorrer nos próximos meses.
Terminada essa fase, será aberto prazo para alegações finais e, em seguida, para a conclusão dos autos e elaboração da sentença, que deve ocorrer nos próximos meses.
Ao todo, doze pessoas foram denunciadas e
são acusadas de participar da fraude descoberta a partir de
interceptação de ligações telefônicas, dados telemáticos e depoimentos
de testemunhas. A operação Valentina visa a repressão
a crime cibernético de fraude por meio de internet banking em celulares
e computadores. A fraude resultou em prejuízos de mais de R$ 7,5
milhões, com vítimas em todo o Brasil e causando grande impacto em
instituições bancárias, incluindo a Caixa Econômica
Federal, razão pela qual a ação é de competência da Justiça Federal.
Entenda o caso
A fraude era realizada de forma
sofisticada, obtendo senhas em computadores e celulares. O grupo
cadastrava novos números de celulares ao serviço, recebia nova senha
para acessar a conta da vítima e efetuava a transferência de
valores, utilizando o internet banking. Em um só dia, chegavam a
fraudar 45 contas bancárias. Estes eram chamados os dias de trabalho do
grupo. Após a fraude, o grupo passava a usufruir dos recursos com
viagens, carros e festas. Os investigados teriam praticado
crimes de furto qualificado, lavagem de dinheiro e formação de
organização criminosa.
Processo nº.: 0000354-03.2017.4.05.8100
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