O
governador Camilo Santana participou nesta terça-feira (5), na sede do
Banco do Nordeste, do evento “Diálogo Público: Nordeste 2030 – Desafios e
caminhos para o desenvolvimento sustentável”, promovido pelo Tribunal
de Contas da União (TCU) em parceria com o BNB. Reunindo governadores de
estados nordestinos, autoridades federais e gestores estaduais, a
cerimônia teve como finalidade apresentar as conclusões do Relatório
Sistêmico da Região Nordeste (Fisc Nordeste) e discutir os índices e
avaliar a qualidade dos gastos públicos voltados à população nordestina.
Camilo
Santana aproveitou o momento de debate entre governadores e
representantes da União para enfatizar a necessidade de mais
investimentos federais em apoio à região, que sofre com pobreza, crise
hídrica, violência e luta para melhorar os índices educacionais.
“Muitas
conquistas temos visto, mas o Nordeste do Brasil continua com grandes
desigualdades. Acredito que é fundamental priorizar o investimento em
educação e redistribuir melhor os recursos do País para regiões mais
pobres. Fundamentalmente garantir que investimentos de infraestrutura
importantes no Nordeste sejam liberados”, destacou o chefe do Executivo.
Dentre
as reivindicações lembradas pelo Governo do Ceará esteve a necessidade
de conclusão da transposição do São Francisco nos estados do Nordeste,
que, segundo Camilo, “a cada ano se adia”, e também a cobrança por
definições acerca da continuidade das obras ferroviárias da
Transnordestina. Camilo também lembrou dos “seis anos consecutivos de
seca que tem preocupado o Ceará”, e chamou atenção para os últimos
investimentos estaduais em prol do homem do campo e das famílias do
semiárido.
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Além
do governador do Ceará, integraram o encontro no BNB o presidente do
TCU, Raimundo Carreiro, o vice-presidente do TCU, José Mucio Monteiro,
os ministros do TCU, Aroldo Cedraz e Marcos Bemquerer, o presidente do
BNB, Marcos Holanda, e os governadores de Alagoas, Renan Filho, Bahia,
Rui Costa, Maranhão, Flávio Dino, Piauí, Margarete Coelho (em
exercício), Pernambuco, Paulo Câmara, e Rio Grande do Norte, Robinson
Faria.
O presidente do BNB, Marcos Holanda, ressaltou que a
qualidade do gasto público no Nordeste é pauta indispensável e
inadiável, devido às carências vividas pelo povo nordestino. Para ele, o
Tribunal de Contas da União deve assumir responsabilidade singular para
garantir que, ouvindo cada governo do Nordeste, trará muito benefícios
para o Brasil.
“A gente costuma dizer que o dinheiro público é
sagrado. No Nordeste ele é santo, visto que é onde ele pode causar mais
efeito e mais impacto”, destacou Marcos Holanda. |
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O
Fisc Nordeste é traçado por meio de auditorias das Secretarias de
Controle Externo do TCU em cada estado nordestino. A documentação tem
como objetivo identificar os principais desafios para o desenvolvimento
sustentável da Região.
Os pontos identificados no relatório foram
associados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que
constam da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). A Agenda
2030 propõe 17 objetivos e 169 metas que buscam acabar com a pobreza,
enfrentar as mudanças climáticas, promover a prosperidade e o bem estar
para todos.
Foram enfatizados os desafios relacionados ao ODS 9 –
“Indústria, Inovação e Infraestrutura”; ODS 4 – “Educação de
qualidade”; e ODS 6 – “Água potável e Saneamento”. O relatório também
apontou como mais representativos os desafios relacionados às seguintes
áreas: Indústria, Inovação e Infraestrutura (40 desafios); Paz, Justiça e
Instituições eficazes (34); Trabalho decente e Crescimento econômico
(29); Cidades e Comunidades sustentáveis (21); Educação de qualidade
(20); Água potável e Saneamento (18); e Saúde e Bem-estar (15).
Presidente
do TCU, Raimundo Carreiro considera a realização de relatórios
específicos para o Nordeste “um marco de expressiva importância”, que
trará mais inovação e desenvolvimento nas ações públicas para a região.
“Há cerca de um ano, nos comprometemos a pensar mais sobre os números do
Nordeste, através da apresentação destes índices”, pontuou.
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