”Virada de jogo na Previdência”
- No jantar de anteontem, na casa do
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governo mudou sua
estratégia e acenou até mesmo com promessas de apoio nas eleições de
2018 para convencer os deputados a votarem a favor das mudanças na
aposentadoria. Lembrou que quem votar pela aprovação poderá ser
beneficiado em coligações e na distribuição de tempo de TV e de recursos
para suas bases, além do fundo eleitoral. O esforço concentrado surtiu
efeito e pelo menos dois partidos da base (o PP e o PTB) indicaram a
possibilidade de fechamento de questão em torno da aprovação da reforma —
o que gera punição para quem votar contra a orientação da legenda. A
expectativa do governo é que PRB, PSDB e PMDB também sigam o exemplo,
numa espécie de “onda” favorável para construir a maioria necessária
para aprovar a proposta. As cinco legendas reúnem 206 deputados. Como se
trata de uma emenda à Constituição, são necessários 308 votos. Temer se
reunirá com líderes dos partidos amanhã para avaliar com mais clareza o
potencial de votos. O governo avalia que, obtendo o aval da Câmara, a
aprovação no Senado estaria garantida e poderia ocorrer rapidamente.
Ontem, Rodrigo Maia afirmou que a possibilidade de votação do texto
ainda este mês é “realista”. Segundo ele, o grupo de líderes com quem se
reuniu no domingo calcula ter entre 325 e 330 deputados a favor da
reforma.
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