Aécio é vaiado por militantes do PSDB em convenção nacional
Senador mineiro disse que ajudou a construir unidade no partido
Ouvindo gritos de "fora!", Aécio não foi chamado para se sentar à mesa montada no palco da convenção e permaneceu por menos de uma hora no mais importante evento do partido.
Até esta manhã, Aécio era presidente licenciado do partido. O senador mineiro havia sido avisado por correligionários de que haveria protestos contra ele no evento, mas, mesmo assim, decidiu comparecer.
Em mensagem à imprensa, logo após a eleição de Alckmin, Aécio disse estar "muito feliz com a unidade que ajudou a construir no PSDB". "Estou muito feliz com a unidade que ajudei a construir. E nesses últimos quatro anos em que administrei como presidente o PSDB foi o seu período mais fértil, de maior crescimento do partido", disse o mineiro, a despeito das vaias.
Nos últimos meses, Aécio virou alvo de diversas denúncias no Supremo Tribunal Federal (STF), dentre as quais a que o acusa de pedir R$ 2 milhões em propina a Joesley Batista, da empresa JBS, e por tentar obstruir as investigações da Justiça. Por essa denúncia, Aécio se licenciou da presidência do partido em maio, indicando o senador Tasso Jereissati (CE) para comandar o partido interinamente.
No início de novembro, contudo, Aécio voltou às polêmicas, ao destituir Jereissati da presidência do PSDB, em decisão que não teve a consulta do partido, com o argumento de que prezava pela "isonomia", já que o interino concorreria à presidência da legenda neste sábado (9).
Uma tentativa de estancar a crise no PSDB, porém, fez com que os então candidatos, Tasso Jereissati e o governador Marconi Perillo, desistissem da disputa e abrissem caminho para a chapa única de Geraldo Alckmin, eleito nesta manhã.
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