• ”Busca crescente por aviões médios justifica união de Boeing e
Embraer” - O aumento na demanda por aeronaves de porte médio em todos os
continentes está por trás das tratativas entre Embraer e Boeing
anunciadas nesta quinta (21). O acordo seria uma resposta aos recentes
sinais de crescimento do segmento de aviões de cem lugares em mercados
como a China, onde recentes mudanças regulatórias animaram fabricantes
de aviões médios, que são o carro-chefe da Embraer. No ano passado, para
estimular a aviação regional, que requer aeronaves menores, o governo
chinês definiu que as companhias aéreas começassem a investir em frotas
com aviões de até cem lugares antes de partirem para comprar jatos
maiores – mercado disputado pelas gigantes Airbus e Boeing. Se sair, o
acordo será uma reação da Boeing a um negócio firmado em outubro, quando
a Airbus levou a linha de jatos regionais da Bombardier.
• "Os países emergentes que têm território espalhado e
tráfego ainda pequeno entre as cidades precisam de aviação regional",
diz Guilherme Amaral, sócio do escritório ASBZ e especialista em direito
aeronáutico. A África, que é um mercado menos expressivo, opera uma
frota antiga, que um dia precisará ser renovada. Mercados maduros como o
americano e o europeu já estão em fase de transformação.
• Segundo as previsões da Embraer para os próximos 20
anos, as companhias que operam no segmento de jatos de até 150 assentos
verão crescimento de 26% na América do Norte, com uma demanda de até
2.770 aviões. Na Europa, a alta deve ser de 21%, com 2.260 aviões
pedidos às fabricantes. O especialista André Castellini, sócio da Bain
& Company, avalia que ao se unir à Boeing, a Embraer aproveitará a
escala da Boeing, o relacionamento com fornecedores para negociar
melhor, sinergias em pesquisa e custo de capital mais baixo. Mas, no
contexto de expansão da aviação regional no mundo, caso não feche o
negócio também não será catastrófico para a Embraer. "Não é vital. Ela
já se mostrou competitiva em jatos regionais e vai continuar", diz
Castellini.
• A reportagem é incompleta porque entrevista apenas
observadores ligados ao mercado. A análise é meramente financeira.
Nenhum especialista na área de defesa é ouvido pela reportagem.
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