Tempo integral

Pimentel defende escola de tempo integral como saída para violência
O senador destacou a importância do cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação

O senador José Pimentel (PT-CE) defendeu a oferta de escola de tempo integral como solução, a médio e longo prazo, para a violência que afeta o país. Durante encontro com estudantes de Iracema (CE), nesta sexta-feira (16/3), ele disse: “aqueles que hoje governam o Brasil acham que a saída para a violência e a criminalidade é a redução da maioridade penal. Mas a saída é outro caminho. É preferível fazer uma reforma no sistema educacional brasileiro, implantando as escolas de tempo integral com um ensino de qualidade, para que os jovens tenham um futuro digno”, disse.

Em palestra na Câmara Municipal de Iracema, o senador falou para estudantes do ensino médio sobre a importância do cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Pimentel, que foi relator do PNE na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, lembrou que a meta 6 do PNE prevê, no mínimo, 50% das escolas públicas ofertando educação em tempo integral até 2024, de forma a atender 25% dos alunos da Educação Básica.

“Queremos que todas as escolas do Brasil sejam de tempo integral para dar aos alunos a oportunidade de aprendizado e de convivência longe da violência e do crime”, disse Pimentel. O senador ressaltou que “a violência, na verdade, é fruto das escolhas dos governantes e de toda a classe política que não criam as oportunidades necessárias para que a população jovem tenha uma vida mais digna e não seja cooptada pelas organizações criminosas”. 

Segundo Pimentel, o governo Temer enfraqueceu o PNE com a aprovação da Emenda Constitucional que estabeleceu um teto para os gastos públicos (EC 95).  A Emenda determina que os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O senador destacou que o custo para a manutenção de um jovem infrator numa instituição de recuperação chega a R$ 60 mil a cada ano. Enquanto isso, o custo para que uma criança frequente uma escola de tempo integral é de R$ 4 mil ao ano. “Mesmo com essa diferença de valores, ao invés de investir em educação, esse governo resolve priorizar a redução da maioridade penal e a construção de presídios, como meio de reduzir a criminalidade e a violência”, disse aos estudantes. Mas, ao colocar o jovem na cadeia, “a bandidagem agradece porque ele vira soldado do tráfico e das organizações criminosas, a preço baixíssimo. O jovem que não aceita integrar [definitivamente] o crime é eliminado”, concluiu. 

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